quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Miudezas da Câmara
Logicamente nem tudo se resume a miudezas, mas tenho observado as ações recentes da Câmara e tenho ficado surpreso com a insistência de alguns vereadores em ações como
-- Reinício de obras de pavimentação na Rua da Senzala
-- Manutenção, limpeza e extensão da rede elétrica na SP 131
-- Transformar “pedras do sino” em Patrimônio Histórico
(trechos dos títulos das notícias recentes da Câmara)
Nada contra as miudezas e eu sei que essas ações são, muitas vezes, parte do compromisso que alguns vereadores assumiram com suas respectivas comunidades.
O que me incomoda é que enquanto isso questões fundamentais para todo o município simplesmente não são discutidas ou resolvidas. Por exemplo: a questão fundiária de Ilhabela, com construções irregulares e graves conseqüências ambientais. Outro exemplo: a violência em Ilhabela está longe de ser um assunto banal. Mais um exemplo: a balneabilidade das praias.
O vereador não precisa ser super pró-ativo, basta fiscalizar a atuação do Executivo, basta acompanhar o andamento de suas ações, basta usar seu nome e status para cobrar ações dos órgãos competentes. Mas, concentrado em miudezas, dificilmente haverá a consciência da importância dos temas que afetam toda a cidade.
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sábado, fevereiro 07, 2009
Preparando a própria forca
Meu artigo mais recente no jornal Canal Aberto.
É a moral que leva o empresário aexplorar o turismo; a falta de moral leva-o a explorar o turista. A diferença é evidente, mas a confusão entre essas duas atitudes é possível quando o empresário não tem (ou não quer ter) a noção do que a moral representa para seu negócio. Ignorando a moral, o empresário não verá diferença entre explorar a atividade e explorar pessoas; logo estará explorando não só seus clientes, mas também seus funcionários e todos aqueles que de alguma forma poderiam ajudar seu negócio. No início isto poderá elevar o faturamento; com as burras cheias de dinheiro, o empresário pensará que está no rumo certo e continuará a explorar as pessoas. Eventuais problemas com clientes e funcionários serão tratados com a frieza necessária para enxotar e demitir, respectivamente — afinal, todos são livres para buscar outro estabelecimento para consumir ou trabalhar. Não haverá limites para enganar funcionários, modificar salários e contratos e, claro, sapecar calotes a três por dois. Com o tempo, as opções do caloteiro explorador diminuirão e o bom nome tornar-se-á cada vez mais rarefeito. Mas é surpreendente a tolerância que a sociedade tem com esses indivíduos. (...)
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Esta discussão pode ser um bom complemento a este artigo.
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