Meu saite pessoal mudou de endereço recentemente. Se o Insular é o espaço em que trato de assuntos ilhabelenses, o Gropius é onde trato de todos os outros assuntos -- os não-ilhabelenses.
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Como de costume, comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, aqui ou lá.
A todos, muito obrigado.
quarta-feira, dezembro 27, 2006
terça-feira, dezembro 26, 2006
Muito barulho por nada
Lanchonete da rede Bob's em Ilhabela é motivo de comoção, gritaria, ranger de dentes. Não que isso tenha se tornado público a ponto de ser preocupante, mas no Orkut já há até campanha de boicote e ameaças de vandalismo.
Sinceramente, é muita veadagem para algo insignificante. As coisas são muito mais simples: não gosta, não compre. Eu, pessoalmente, prefiro o cachorro-quente do Hot, na feirinha da rua São Benedito.
O único fato digno de menção é a respeito dos preços. Bob's é uma rede nacional de lanchonetes junk-food. A qualidade dos produtos, ipso facto, é garantida e idêntica em todas as lojas da rede. Supõe-se que os preços também sejam, certo? Errado. Em Ilhabela, o Bob's pratica preços ilhabelenses, que nesta época do ano são cerca de 50% maiores do que no resto do país.
Na minha opinião, um lugar que ainda estoura fogos de artifício durante quase todo o verão com o propósito de agradar turistas, merece ter junk-food pelo dobro do preço, com o mesmo propósito de agradar turistas. Se vier McDonald's, melhor ainda. "Menas" algumas árvores na Praça Coronel Julião, estará feita a conversão total da Vila em um posto avançado da capital paulista. Os turistas agradecem, os moradores babam o ovo e os políticos contam os dias que faltam para 2008 chegar.
Sinceramente, é muita veadagem para algo insignificante. As coisas são muito mais simples: não gosta, não compre. Eu, pessoalmente, prefiro o cachorro-quente do Hot, na feirinha da rua São Benedito.
O único fato digno de menção é a respeito dos preços. Bob's é uma rede nacional de lanchonetes junk-food. A qualidade dos produtos, ipso facto, é garantida e idêntica em todas as lojas da rede. Supõe-se que os preços também sejam, certo? Errado. Em Ilhabela, o Bob's pratica preços ilhabelenses, que nesta época do ano são cerca de 50% maiores do que no resto do país.
Na minha opinião, um lugar que ainda estoura fogos de artifício durante quase todo o verão com o propósito de agradar turistas, merece ter junk-food pelo dobro do preço, com o mesmo propósito de agradar turistas. Se vier McDonald's, melhor ainda. "Menas" algumas árvores na Praça Coronel Julião, estará feita a conversão total da Vila em um posto avançado da capital paulista. Os turistas agradecem, os moradores babam o ovo e os políticos contam os dias que faltam para 2008 chegar.
Tarifa diferenciada por que?
Em temporada, o assunto travessia sempre retorna. Mas há uma pergunta que parece até meio estúpida porque até agora ninguém a fez:
Por que a tarifa da balsa é mais cara aos finais-de-semana?
A resposta mais comum é aquela que diz que a tarifa é mais cara aos finais-de-semana porque supõe-se que quem utiliza o serviço nesses dias não tem as mesmas necessidades das pessoas que o utilizam nos dias de semana. Basicamente, essa explicação é de uma estupidez gigantesca, porque sugere que todas as tarifas de transporte público adotem a mesma prática, já que a todas elas essa justificativa poderia ser aplicada. Imagine usar ônibus em São Paulo a R$2,30 nos dias de semana e a R$3,50 nos finais-de-semana -- é mais ou menos essa a proporção entre as duas tarifas da travessia em Ilhabela.
Outra resposta menos comum é aquela que diz que o uso aos finais-de-semana é mais turístico e que turistas, por definição, podem pagar o preço. Esta explicação equivale à anterior, com o agravante de fazer discriminação entre turistas e moradores e, possivelmente, entre turistas endinheirados e pé-rapados.
Independentemente de qual seja a resposta, as que encontrei até agora não podem ser consideradas razoáveis, tampouco suficientes para justificar essa prática imbecil. Fica a pergunta no ar, à espera de resposta.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Os fogos e as andorinhas de Ilhabela
Danilo Giamondo, da ONG AMAILHA nos lembra de um aspecto fundamental na questão dos fogos de artifício:
"Algo mais real de ser discutido... se é que alguém se importa Se o fato abaixo acontece no centro da cidade, imaginem o reflexo na mata...! Como é sabido, anualmente recebemos diversos navios de cruzeiros que trazem turistas e desembarcam no centro de Ilhabela para uma visita a nossa cidade. É certo que a cada parada é cobrada uma taxa de desembarque por passageiros que deveria ser melhor utilizada pela administração pública.
"O fato é que para satisfazer o ego de alguns cegos, o município contrata e ou permite queima de fogos com a finalidade de desejar boa viagem aos turistas que estão nas embarcações. Ninguém percebeu ainda a agressão real que o barulho gerado por essas queimas de fogos normalmente tarde da noite, afugentaram as andorinhas que estavam alojadas para reprodução embaixo do telhado da câmara municipal.
"Para quem desconhece o assunto, as andorinhas são aves migratórias que anualmente migram do Canadá até o nosso litoral para reprodução e voltam ao país de origem para início do novo ciclo migratório. As aves de modo geral necessitam manter os ovos e os filhotes aquecidos durante a noite e período de chuva e frio. Contrariando a ignorância de alguns que alegam que as aves interpretam o barulho da mesma maneira como se fosse trovada, afirmo que as aves pressentem as trovoadas e se adaptam a situação da chuva e não conseguem se prevenir quando um imbecil resolve queimar fogos para dar tchauzinho a turistas. As aves abandonam assustadas seus ninhos e no escuro não conseguem voltar para a proteção dos filhotes e ovos ocasionando a morte dos mesmos.
"É simples, basta observar o ambiente no momento da queima de fogos ao invés de observar a luminosidade colorida gerada. Pratico isso todos os dias quando há navio ancorado no centro de Ilhabela e faço questão de mostrar aos mais jovens que por ali estão, já que é mais fácil educá-los do que contar com o bom senso dos adultos."
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Aberta a temporada de estupidez
Esse fenômeno de estupidez já foi objeto de um post neste blog, no verão passado. Se o fenômeno se repete, repete-se o post -- senão na íntegra, ao menos no conteúdo.
23:45 da noite de domingo, dia 10 de dezembro. Logo depois dos sinais de partida de um dos primeiros navios da temporada 2006-2007 estouram os fogos de artifício da Prefeitura Municipal de Ilhabela. Nesta hora é adequado deixar a formalidade de lado e dizer, com todas as letras, que se trata da coisa mais estúpida que o poder executivo municipal poderia fazer -- e repetir -- em ocasião dos navios de passageiro.
Enquanto o poder público faz um agrado pirotécnico para os passageiros dos navios, as pessoas que vivem na Vila e arredores tentam dormir.
Ficam valendo todas as perguntas e afirmações que fiz antes.
23:45 da noite de domingo, dia 10 de dezembro. Logo depois dos sinais de partida de um dos primeiros navios da temporada 2006-2007 estouram os fogos de artifício da Prefeitura Municipal de Ilhabela. Nesta hora é adequado deixar a formalidade de lado e dizer, com todas as letras, que se trata da coisa mais estúpida que o poder executivo municipal poderia fazer -- e repetir -- em ocasião dos navios de passageiro.
Enquanto o poder público faz um agrado pirotécnico para os passageiros dos navios, as pessoas que vivem na Vila e arredores tentam dormir.
Ficam valendo todas as perguntas e afirmações que fiz antes.
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Livros à venda
Estou vendendo alguns livros de minha coleção. Quem tiver interesse em algum título, contate-me pelo e-mail christiandrs@gmail.com
FILOSOFIA
BENOIT, Hector. Sócrates: o nascimento da razão negativa. Moderna. R$10,00
CÍCERO. Saber envelhecer (seguido de A amizade). L&PM Pocket. 1997. (Papel jornal) R$8,00
DURANT, Will. A Filosofia de Nietzsche. Ediouro, Os Grandes Filósofos. R$8,00
EMERSON, Ralph Waldo. Conduta para a vida. Martim Claret, Coleção A Obra-Prima de Cada Autor. 2003. (Novo; coleção de conferências de Emerson) R$8,00
EMERSON, Ralph Waldo. Homens representativos. Ediouro, Clássicos de Bolso. (Breves biografias de homens célebres, escritas pelo genial transcendentalista) R$12,00
NAGEL, Thomas. Uma breve introdução à filosofia. Martins Fontes. 2001. (um dos volumes da mesma coleção que inclui o Pequeno Tratado das Grandes Virtudes) R$12,00
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Martim Claret, Coleção A Obra-Prima de Cada Autor. 2005. (Novo) R$8,00
NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Martim Claret, Coleção A Obra-Prima de Cada Autor. 2001. (Novo) R$8,00
NIETZSCHE, Friedrich. Más allá del bien y del mal. M. Aguilar. 1947. (Em espanhol, um dos volumes das obras completas de Nietzsche publicadas na Argentina nos anos 40) R$25,00
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Escala, Coleção Mestres Pensadores. (Novo; papel jornal) R$6,00
ROMANCE
AZEVEDO, Ricardo. Lúcio vira bicho. Companhia das Letras. 1998. (Novo; literatura infanto-juvenil) R$9,00
GIDE, André. Pântanos. Civilização Brasileira. 1972. R$12,00
HESSE, Hermann. Este lado da vida. Civilização Brasileira. 1977. R$15,00
HESSE, Hermann. Gertrud. Civilização Brasileira. 1972. R$10,00
HESSE, Hermann. Knulp. Civilização Brasileira. 1970. (Capa dura) R$15,00
HESSE, Hermann. Pequenas Alegrias. Record. 1977. R$12,00
HESSE, Hermann. Rosshalde. Civilização Brasileira. 1972. R$10,00
HESSE, Hermann. Sobre a guerra e a paz. Record. 1974. R$ 10,00
JABOR, Arnaldo. Eu sei que vou te amar. Círculo do Livro. 1990. (Capa dura; livro com o roteiro do filme homônimo) R$12,00
KEROUAC, Jack. O livro dos sonhos. L&PM Pocket. 1999. (Papel jornal) R$10,00
SARTRE, Jean-Paul. A idade da razão. Difusão Européia do Livro. 1961. (Caindo aos pedaços, mas com o texto integral) R$4,00
ORIENTAIS
ATTAR, Farid Ud-Din. A Conferência dos Pássaros. Cultrix. 1993. R$10,00
HUA, Ellen Kei. Meditações do Kung Fu e sabedoria chinesa proverbial. Ediouro. 1982. (Coletânea de provérbios taoístas e confucionistas) R$6,00
I CHING: mensagens para crescimento pessoal. Caras, Coleção Caras Zen. 2004. (Novo; uma versão enxuta do clássico chinês, ideal para consultas rápidas) R$4,00
MUSASHI, Miyamoto. O livro dos cinco anéis. Madras. 2004. (Novo) R$12,00
YUTANG, Lin. A importância de viver. Círculo do Livro. (Capa dura) R$15,00
COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS
COSTA, Caio Túlio. O que é anarquismo. Brasiliense, Coleção Primeiros Passos. 1985. R$8,00
PEREIRA, Carlos Alberto M. O que é contracultura. Brasiliense, Coleção Primeiros Passos. 1986. R$8,00
NUTRIÇÃO
HOLMES, Charlotte. Os campeões são vegetarianos... e você?. Casa Publicadora Brasileira. 1998. (receitas vegetarianas) R$12,00
KUSHI, Michio. Culinária Macrobiótica: princípios e técnicas. TAO. 1980. (receitas macrobióticas) R$8,00
POLÍTICA
MELLÃO NETO, João. Loreley e a condição humana: a democracia no Brasil e no mundo. Siciliano. 1995. (João Mellão Neto escreve no jornal O Estado de São Paulo e foi eleito recentemente deputado estadual) R$12,00
DICIONÁRIO
Pequeno Dicionário Michaelis Espanhol-Português-Espanhol. Melhoramentos. 1992. (Novo) R$10,00
MANUAL
CALDER, Julian. Manual de Fotografia 35mm. Círculo do Livro. 1982. (Capa dura; mesmo em tempos de fotografia digital, o manual, ricamente ilustrado, é um bom referencial para fotógrafos amadores) R$35,00
PIN, Tien. Feng Shui: o caminho do meio. Nobel. 1999. R$16,00
HUMOR
SARRUMOR, Laert. Mil Piadas do Brasil. Nova Alexandria. 1998. R$16,00
FRASES
COELHO, Paulo. Frases: 106 reflexões dos guerreiros da luz. Ediouro. 1995. (Novo; frases extraídas das obras de Paulo Coelho) R$4,00
A semana
Transporte alternativo-coletivo -- vereador quer liberar-o-geral no transporte alternativo-coletivo de Ilhabela. Cidadãos acham bom, desde que o transporte alternativo-coletivo passe na porta de suas casas -- obóvio. Transporte alternativo levado a sério nesta cidade seria uma ciclovia decente. O resto é populismo. Alguém lá no fundo mandou perguntar: cadê a barquinha?
Lama -- a coisa é bem simples: vão estudar, vão. Não é que o erro não deva ser punido, é apenas que não é você que vai determinar ou executar a pena. E se você não estuda, sua participação vale tanto quanto a participação do mosquito que zune no ouvido de quem escondeu dinheiro sabe-se lá onde. Roubou, desviou, pouco importa se você não consegue ser menos pragmático, menos prático, menos cínico do que aqueles que roubaram "só um pouquinho". Que você esteja certo neste momento, quando defende punição para os culpados, veja bem, é mera coincidência, não o resultado de esforço e estudo. Ademais, em tempos de mega-informação, tudo é circo.
Res publica -- aliás, dinheiro público não é aquele que pertence a todos. Uma das bases do estado de direito é a existência de um poder público que faz o que bem entender com o dinheiro colhido dos cidadãos. Digo isso para aqueles que chegaram a pensar na roubalheira pública como razão para defender o seu, independentemente dos meios, dos princípios e dos fins. Roubalheira política é razão para fazer cabeças rolar, mas nunca vai ser razão suficiente para que o dinheiro que lhe foi confiscado através dos impostos volte para o seu bolso. Se houve a roubalheira, é tarde para reaver o dinheiro, mas nunca para reaver a dignidade política.
Eufemismo -- em tempo, desviar dinheiro é a mesmíssima coisa que roubar dinheiro.
Futuro -- alguém olha para Ilhabela e consegue ter esperanças, de verdade?
Na calçada -- em minha humilde opinião, todo o executivo municipal deveria trabalhar na calçada. Se é verão, um guarda-sol resolve. O vice-prefeito está apenas dando o exemplo e neste particular está coberto de razão.
Lama -- a coisa é bem simples: vão estudar, vão. Não é que o erro não deva ser punido, é apenas que não é você que vai determinar ou executar a pena. E se você não estuda, sua participação vale tanto quanto a participação do mosquito que zune no ouvido de quem escondeu dinheiro sabe-se lá onde. Roubou, desviou, pouco importa se você não consegue ser menos pragmático, menos prático, menos cínico do que aqueles que roubaram "só um pouquinho". Que você esteja certo neste momento, quando defende punição para os culpados, veja bem, é mera coincidência, não o resultado de esforço e estudo. Ademais, em tempos de mega-informação, tudo é circo.
Res publica -- aliás, dinheiro público não é aquele que pertence a todos. Uma das bases do estado de direito é a existência de um poder público que faz o que bem entender com o dinheiro colhido dos cidadãos. Digo isso para aqueles que chegaram a pensar na roubalheira pública como razão para defender o seu, independentemente dos meios, dos princípios e dos fins. Roubalheira política é razão para fazer cabeças rolar, mas nunca vai ser razão suficiente para que o dinheiro que lhe foi confiscado através dos impostos volte para o seu bolso. Se houve a roubalheira, é tarde para reaver o dinheiro, mas nunca para reaver a dignidade política.
Eufemismo -- em tempo, desviar dinheiro é a mesmíssima coisa que roubar dinheiro.
Futuro -- alguém olha para Ilhabela e consegue ter esperanças, de verdade?
Na calçada -- em minha humilde opinião, todo o executivo municipal deveria trabalhar na calçada. Se é verão, um guarda-sol resolve. O vice-prefeito está apenas dando o exemplo e neste particular está coberto de razão.
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