Leiam em meu saite pessoal meus artigos de janeiro nos jornais de Ilhabela:
Por uma oposição melhorzinha, no Jornal da Ilha.
Sinal vermelho para o turismo, no Jornal do Arquipélago.
Aproveitem e deixem um comentário por lá.
Aos meus seis leitores, muito obrigado.
sábado, janeiro 28, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Meu direito de fazer cocô na praia
Decidi que farei cocô na areia nas próximas vezes que eu for às praias de Ilhabela. Se me virem agachado na praia, enrolado numa toalha, podem apostar: estou fazendo cocô. A toalha é necessária, pois não quero ser preso ou processado por atentado ao pudor. Aliviado, sim; deselegante ou desrespeitoso, nunca. Mas, independentemente das circunstâncias, deixarei na areia as minhas fezes.
A idéia me ocorreu na tarde de hoje, quando, correndo à margem da praia do Siriúba, encontrei um sujeito com seus filhos e dois labradores que corriam graciosos na praia. Um deles (cães, não filhos) fez xixi na areia -- sabe-se lá o que fez antes, ou depois.
Ora, se cães devidamente vacinados, nomeados e acompanhados por seus donos podem usar a praia como banheiro, maior direito tenho eu -- que, além de ser vacinado, ter nome e companhia, pago impostos e vivo em Ilhabela há muitos anos. E, ademais, se para os cães existe lei e não existe fiscalização, para mim, a quem não existe nem lei nem fiscalização, não me será proibido realizar meu intento.
Talvez assim -- quando as praias de Ilhabela estiverem emporcalhadas não apenas pelo esgoto que desce os córregos mas também pelos montinhos de bosta que se acumularão na areia das praias -- o poder público aplique a lei que prevê punição para os animais que levam animais às praias. Até lá, exijo meu direito de fazer cocô na praia.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
O câncer de Ilhabela
Proposta para a próxima temporada -- especialmente para a próxima temporada de navios de passageiros: um curso de etiqueta para turistas. Político que propuser isso nas próximas eleições vai ganhar o meu voto.
quarta-feira, janeiro 11, 2006
O turismo às avessas
Sim, graças aos turistas Ilhabela pode encontrar alguma prosperidade a cada verão. Os comerciantes não têm do que reclamar. Os moradores, de alguma forma também não, pois tudo é movido pelo turismo. Tudo, sobretudo porque a maioria dos moradores já foi turista outrora. Assim, até mesmo algo muito local, como a construção civil, move-se por causa do turismo. Todos sabem que o mercado imobiliário cresce um pouquinho durante e principalmente logo depois de uma temporada de verão.
Mas perceba que nem sempre foi assim. As demandas que hoje existem não existiam antes (antes = quando o turismo não era uma atividade econômica significativa). As praias permaneciam vazias e limpas, com águas cristalinas. Matas continuavam intocadas, assim como as cachoeiras, que se mantinham tranqüilas, alheias aos jipes e às motosserras. Essa condição é obviamente perfeita para o turismo.
O que difere o turismo sustentável do turismo insuportável é a educação das pessoas e uma dose saudável de controle estatal -- políticos são bem pagos inclusive para isso.
Nunca estive em Bonito, MS (quem esteve, por favor dê seu testemunho na área de comentários deste post), mas parece-me que quem pensa nesse lugar e em visitá-lo um dia, sabe de antemão que entrará numa espécie de santuário, cuja preservação depende de sua atitude como turista. Essa consciência foi construída através da própria preservação, resultado da parceria entre proprietários de terras e poder público. A lógica é simples e se você já entrou numa loja de cristais ou numa grande biblioteca sabe do que estou falando: a qualidade do lugar inspira uma atitude que ajuda a mantê-lo.
Em Ilhabela tem-se a impressão de que as coisas são feitas ao contrário. Cria-se a avalanche sazonal de turistas e depois, caso restem dinheiro, energia e tempo, pensa-se em criar uma estrutura adequada, que incluiria preservação das águas, das matas e do pouquinho de cultura que o lugar possuía -- as matérias-primas do turismo.
Diante disso, não surpreende que as bandeiras vermelhas da Cetesb sejam cada vez mais freqüentes nas praias de Ilhabela. E o prefeito ainda duvida do diagnóstico...
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Frases para o novo ano
Ilhabela já era. Se você duvida, veja com atenção os boletins de balneabilidade da Cetesb. Se a condição das praias -- a razão direta ou indireta de 90% das atividades econômicas de Ilhabela -- não é argumento suficiente, o que será?
A melhor coisa a se fazer em Ilhabela é emigrar. Esta foi dita por um amigo, há alguns anos. Não em tom profético, mas ela se cumpre a cada ano.
Ano eleitoral: salve-se quem puder. 2005 tentou cassar o prefeito e o presidente da Câmara. O que 2006 nos reserva, só Deus sabe.
O turismo tem dois preços. Um é pago pelos turistas, com passagens, hospedagens, refeições. E o outro?
A melhor coisa a se fazer em Ilhabela é emigrar. Esta foi dita por um amigo, há alguns anos. Não em tom profético, mas ela se cumpre a cada ano.
Ano eleitoral: salve-se quem puder. 2005 tentou cassar o prefeito e o presidente da Câmara. O que 2006 nos reserva, só Deus sabe.
O turismo tem dois preços. Um é pago pelos turistas, com passagens, hospedagens, refeições. E o outro?
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