segunda-feira, dezembro 04, 2006

A semana

Transporte alternativo-coletivo -- vereador quer liberar-o-geral no transporte alternativo-coletivo de Ilhabela. Cidadãos acham bom, desde que o transporte alternativo-coletivo passe na porta de suas casas -- obóvio. Transporte alternativo levado a sério nesta cidade seria uma ciclovia decente. O resto é populismo. Alguém lá no fundo mandou perguntar: cadê a barquinha?

Lama -- a coisa é bem simples: vão estudar, vão. Não é que o erro não deva ser punido, é apenas que não é você que vai determinar ou executar a pena. E se você não estuda, sua participação vale tanto quanto a participação do mosquito que zune no ouvido de quem escondeu dinheiro sabe-se lá onde. Roubou, desviou, pouco importa se você não consegue ser menos pragmático, menos prático, menos cínico do que aqueles que roubaram "só um pouquinho". Que você esteja certo neste momento, quando defende punição para os culpados, veja bem, é mera coincidência, não o resultado de esforço e estudo. Ademais, em tempos de mega-informação, tudo é circo.

Res publica -- aliás, dinheiro público não é aquele que pertence a todos. Uma das bases do estado de direito é a existência de um poder público que faz o que bem entender com o dinheiro colhido dos cidadãos. Digo isso para aqueles que chegaram a pensar na roubalheira pública como razão para defender o seu, independentemente dos meios, dos princípios e dos fins. Roubalheira política é razão para fazer cabeças rolar, mas nunca vai ser razão suficiente para que o dinheiro que lhe foi confiscado através dos impostos volte para o seu bolso. Se houve a roubalheira, é tarde para reaver o dinheiro, mas nunca para reaver a dignidade política.

Eufemismo -- em tempo, desviar dinheiro é a mesmíssima coisa que roubar dinheiro.

Futuro -- alguém olha para Ilhabela e consegue ter esperanças, de verdade?

Na calçada -- em minha humilde opinião, todo o executivo municipal deveria trabalhar na calçada. Se é verão, um guarda-sol resolve. O vice-prefeito está apenas dando o exemplo e neste particular está coberto de razão.

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