sábado, abril 26, 2008

Notas breves (mais do mesmo)

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-- Ao ver as bandeiras da Cetesb na praia, pense no seguinte: não importa a cor delas -- verde ou vermelha -- o simples fato delas estarem lá é sinal de que há muito tempo as coisas vão mal. Praias constantemente limpas não precisam de avaliações semanais. O ideal, portanto, não é limpar as praias ao ponto delas estarem próprias sempre, mas ao ponto da avaliação se tornar desnecessária. Não se trata apenas de eliminar a poluição, mas ir além e eliminar a possibilidade de que elas possam ficar poluídas um dia.

-- Eu não falo mais com pessoas que levam cachorros na praia. Geralmente estes é que são mais compreensivos. Além de tudo, ultimamente a água no Canal de São Sebastião tem estado pior do que areia com bosta de cachorro. Que os bichinhos fiquem à vontade para usar a praia como banheiro; talvez isso melhore a qualidade da água. Porca miséria.

-- Existe aqui, como em muitas cidades turísticas, um fetiche por coisas perfeitas demais. Calçadas lisas demais, paredes brancas demais, trânsito organizado demais. Falta substância, sobra aparência. Falta história, sobra novidade. Do que Ilhabela precisa afinal?

-- A avenida principal de Ilhabela é um lugar extremamente barulhento. Para um lugar que até bem pouco tempo estava acostumado ao barulho de tucanos, maritacas e outros bichos, é muito preocupante. Some-se a isso, aliás, o aumento natural dos decibéis durante feriados e temporadas.

-- Benefícios imensos a qualquer cidade cujos cidadãos pedalam e caminham em vez de dirigir motos, carros e caminhões. Ilhabela segue na contramão, preocupando-se mais com aqueles que poluem e fazem barulho do que com aqueles que não poluem e pedalam e caminham em silêncio.

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