
De 11 praias avaliadas em Ilhabela, 9 estão impróprias para banhos.
O que mais falta?
Prezado Sr.,
Sou arquiteto, tenho 32 anos, vivo em Ilhabela e em todas as tardes de domingo utilizo a travessia São Sebastião-Ilhabela para tomar em São Sebastião um ônibus que me leva a São Paulo.
Domingo passado, dia 16 de abril, fui à travessia como de costume, no horário adequado para tomar a balsa de 14h. Cheguei ao terminal da travessia às 13:45 e tive a surpresa de que as balsas não estavam cumprindo o horário normal (13:30, 14:00, 14:30 etc.), o que era bastante compreensível diante do grande movimento de carros por causa do feriado.
Assim, como havia uma balsa atracada no momento em que cheguei, dirigi-me normalmente para o embarque. Neste momento fui barrado pelos funcionários da DERSA, que disseram que aquela balsa não permitia pedestres. Questionei a informação e o encarregado da travessia em
Ilhabela a confirmou. Perguntei sobre a balsa das 14:00 e foi então que constatei que naquele dia a DERSA não estava cumprindo os horários normais.
A balsa em que eu havia tentado embarcar saiu às 13:50. Conforme informações de um dos funcionários, a próxima balsa demoraria 15 minutos para sair, o que me expôs ao risco de perder o ônibus que eu deveria pegar às 14:30 e me deixou preocupado e aborrecido.
Perdoe a longa descrição do que houve, mas considero-a necessária para fazer à DERSA as seguintes questões:
1) É natural que a DERSA dê tanta importância aos carros na travessia marítima, mas não é natural que isso aconteça em detrimento dos pedestres. No fato ocorrido, fui prejudicado porque os horários das balsas foram alterados exatamente para acelerar a travessia para os carros.
Um dos funcionário até chegou a sugerir que eu tentasse conseguir uma carona em um dos carros na fila da balsa para que eu pudesse embarcar na balsa que sairia às 13:50, o que deixou claro a falta de critérios para a travessia: bastaria então eu estar dentro de um carro para embarcar, deixar esse carro durante a travessia e desembarcar como pedestre,
normalmente. Qual a diferença entre isso e ter feito a travessia como pedestre, do começo ao fim?
Por que isso acontece? Por que a prioridade aos carros ocorre em detrimento dos pedestres?
2) Durante a temporada de verão ocorreu algo semelhante: as balsas não cumpriam os horários fixos. Contudo, ao contrário do que aconteceu no último feriado, os pedestres podiam embarcar em qualquer balsa, não havia restrições. Assim, embora não pudessem contar com os horários
regulares da travessia, os pedestres serviam-se de uma freqüência maior de balsas, o que não os prejudicava. Depois disso os horários voltaram a ser regulares. E recentemente, no feriado da Páscoa, os horários foram descumpridos mas as balsas não foram todas liberadas para pedestres.
Não me parece que o critério seja oferecer conforto aos pedestres, porque as balsas especialmente dedicadas a nós às vezes têm a área de pedestres ocupada por carros -- como já presenciei em feriados, nas balsas menores (FB 14 e FB 15, não estou certo dos nomes) -- e por motos.
Quais são os critérios que a DERSA utiliza para permitir o embarque de pedestres nas balsas? E por que esses critérios são modificados sempre em função da quantidade de carros nas filas para a travessia?
Sem mais, agradeço a atenção e aguardo o posicionamento da DERSA diante dessas questões.
Atenciosamente,
Christian Rocha
Vereador quer apresentar Projeto regulamentando o uso de bicicletas em Ilhabela
Ilhabela - O presidente da Câmara de Ilhabela, vereador Luiz Lobo(PL), pretende apresentar projeto de Lei que regulamente e registre as bicicletas no município. A medida visa diminuir os acidentes de trânsito envolvendo ciclistas e evitar roubos e furtos destes equipamentos na Ilha. Para embasar sua idéia, Lobo esteve em Lorena, na região do Vale do Paraíba, onde visitou o departamento de trânsito para conhecer Lei semelhante que vigora naquela cidade.
O coordenador chefe do trânsito lorenense, Marcelo Augusto Pazzini, explicou ao presidente que a medida se fez necessária na cidade, devido ao alto número de bicicletas circulando pelas ruas. Segundo levantamento, Lorena conta com 90 mil habitantes e cerca de 70 mil bicicletas. A idéia consiste em registrar, emplacar e manter um banco de dados com informações do equipamento e do proprietário. Assim, numa eventual ocorrência de furto, será mais fácil identificar a bicicleta. O ciclista terá que obedecer efetivamente as leis de trânsito, sob pena de ter a bicicleta apreendida, se cometer infração, transitando em contra-mão, por exemplo. Por outro Lado, Lobo se preocupa também em estudar modos de viabilizar as questões de infra-estrutura, ou seja, a cidade deve se adequar, implantando bicicletários em pontos estratégicos, orientar o comércio local a fazer o mesmo além de manter a ciclovia em bom estado.
A população de Lorena aprovou o projeto e a idéia vem dando bons resultados. Lobo quer implantá-la aqui na Ilha e acredita que os munícipes ilhéus também não devem se opor. Campanhas educativas e explicativas também fazem parte do cronograma, buscando conscientizar os ciclistas de que a bicicleta é um veículo como outro qualquer e para isso, deve se adequar às leis de trânsito vigentes.
Bicicletário: o trânsito mais uma vez ficou caótico nesta temporada e a cada verão o problema se repete. A bicicleta é uma solução simples, barata e saudável. Para que ela seja também viável, duas ações: concluir a ci-clo-vi-a, não obstante a frescura de alguns proprietários de imóveis, e a construção de três (sim, apenas três) bicicletários, aqueles estacionamentos de bicicletas — na Vila, no Perequê e na Barra Velha, perto da balsa. O que você pode fazer: pedalar muito, deixar o carro em casa e utilizar a bicicleta nas mais diversas situações. Mesmo que existam motoristas e ciclistas mal educados, mesmo que existam cães assassinos soltos por aí, mesmo que todo o trânsito seja planejado para o carro, pedalar ainda vale a pena.