sábado, setembro 17, 2005

O dedo ecologicamente correto do Estado


O projeto de lei nº 18/2005, de autoria do vereador Joadir Luiz Capucho, foi aprovado. Ele "dispõe sobre a inserção de informações educativas e ecologicamente corretas nos cardápios dos bares, quiosques e restaurantes localizados próximos às praias da cidade de Ilhabela”.

A iniciativa parece boazinha, não é?

Mas pense bem. Uma empresa paga impostos e segue as leis que regulam estabelecimentos justamente para que possa obter alvarás e trabalhar em paz; em outras palavras, para que se limite a esses itens toda a encheção de saco do Estado. De outra forma a encheção de saco do Estado seria ainda maior e o saco estouraria e não haveria empresa.

E eu, se fosse um dono de restaurante, cumpridor de leis (a maioria delas muito questionáveis) e bom pagador de impostos, veria com certo asco a iniciativa do Legislativo ilhabelense de escolher o que é que vou colocar nos cardápios, além das informações habituais. Eu, pessoalmente, discordo por várias razões da onda ecologicamente correta que impregna as mentes mais adestradas.

Imagine. Você quer comer uma porção de isca de peixe e ao abrir o cardápio você lê algo sobre a Mata Atlântica ilhabelense, sobre o tempo que a natureza leva para dissolver uma bituca de cigarro ou sobre a importância de reciclar embalagens. Eu perderia a fome.

A função social de empresas privadas é pagar impostos e realizar um trabalho correto e justo. Uma das funções do Estado é deixar essas empresas em paz, não inventar novos impostos (aquilo se impõe) baseados em idéias ecológica ou politicamente corretas.

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